É preciso assumir que o Brasil é um país racista, desconstruir o mito da Democracia Racial presente no imaginário dos brasileiros e assumir nossa responsabilidade como cidadãos de enfrentar o racismo e a desigualdade social que ele sustenta. 

Acreditamos que a escola tem um papel muito importante no combate ao racismo, na construção de uma equidade, na busca de uma condição de igualdade que leva em consideração as diferenças para que nenhum grupo seja precarizado por suas diferenças.

Nesse sentido, apresentamos nossa programação da Semana da Consciência Negra do Viver, que dá visibilidade ao trabalho de uma educação antirracista e decolonialista presente diariamente em nossa escola.

A programação foi pensada com carinho e construída com a ajuda de muitas pessoas, esperamos que vocês gostem!

Programação Infantil e F1

Programação F2 e Ensino Médio

Convidados e Convidadas

Ligia Nicacio
Mãe de Benedito e Madalena, dança e pesquisa a Dança Afro Brasileira há 15 anos. Atuou na Cia Treme Terra por 7 anos, na qual se formou com Firmino Pitanga e participou da construção dos espetáculos “Cultura de Resistência” e “Terreiro Urbano”. Com apresentações no Brasil e exterior, passou por teatros renomados como Teatro Municipal de São Paulo, Auditório do Ibirapuera, Rede Sesc São Paulo, e países como Berlim, Hamburgo, Bulgária e França. É Dançarina e fundadora da Cia Cambona de Arte Negra, com a qual ministra aulas regulares de Dança Afro Brasileira, faz workshps, apresentações e shows. Com a Cambona apresentou também em teatros e espaços culturais renomados no Brasil e exterior (Chile).

Filipe Barra
Pai de Benedito e Madalena, é percussionista e professor de Capoeira Angola. Na capoeira há mais de 20 anos, faz parte da Escola de Capoeira Angola Caminho do Engenho. Percussionista e Luthier, participou da Cia Treme Terra e outros grupos de música e dança, além de trabalhar também com construção de instrumentos em ateliês importantes como o Instituto Tambor.

Elisama Santos, escritora, psicanalista, educadora parental, consultora em Educação Não Violenta, mãe no Colégio Viver e madrinha do Instituto ComViver.

Simony dos Anjos é  mãe do Bernardo e da Nina, cientista social (Unifesp), mestre em Educação (USP) e doutoranda em Antropologia (USP). É integrante da Rede de Mulheres Negras Evangélicas e da Marcha de Mulheres Negras de São Paulo.

Dimi Borba é professor formado em Educação Física e cursou pedagogia e engenharia. Começou na luta social ainda adolescente em um grupo de Consciência Negra que promovia parcerias que permitiam acesso a bolsas de estudos e eventos culturais para a população negra. Hoje também está na luta pela educação pois acredita que a educação é emancipadora. Foi voluntário como professor de alfabetização de jovens e adultos e deu aulas de Linguagens em cursinhos populares.

Antônio Luíz dos Santos Campos(Boa Alma).

QUEM SOU EU?

Sou nordestino, cordelista pesquisador, capoeirista, cantador popular, compositor, ator, escritor, folclorista e palestrante. Nascido no dia 21 de agosto de 1989 na cidade de Tremedal no interior da Bahia. Conheci a Cultura Popular através do meu avô Pedro Teixeira Campos(In Memórian), um senhor idoso e não letrado, mas que tinha a inteligência de um doutor, foi ele que na minha infância me fez por muitas vezes viajar na imaginação ouvindo histórias e estórias de escravizados, índios, cantorias, lendas do nosso folclore, e etc.

O meu saudoso avô que por sinal era coqueiro dos bons, me ensinou desde cedo às artes de embolar, rimar e improvisar nas noites de lua sob a luz da fogueira no terreiro(quintal) acompanhada de um candieiro com puxada de algodão a base de querosene como combustível. Convivi com os velhos vaqueiros da região(fui um deles), além dos rezadores e rezadeiras, benzedores e benzedeiras, beatos e beatas, cantadores de viola, forrozeiros e dentre outros tipos populares as velhas e inesquecíveis parteiras que inclusive eu fui amparado por três delas, Vó Tutinha, Vó Ramira e Vó Alzira todas In Memórian.

Sou filho de Antônio dos Santos Campos. Um pedreiro analfabeto porém mestre de obras dos bons que trabalhou praticamente em todos os lugares de São Paulo durante 54 anos, um retirante que ficava de seis a sete meses por vez a cada vez que chegava a São Paulo, um total recorde de 192 viagens sendo 96 de ida e 96 de volta. Mas o que o meu pai mais me influenciou foi a sua segunda profissão, sanfoneiro e forrozeiro, tocador dos bailes da região. Aos cinco anos de idade eu já brincava de tocar pandeiro, triângulo, zabumba e agogô para o meu pai, e foi através dessa influência que conheci as obras de Luiz Gonzaga, Jackson do pandeiro, Genival Lacerda, Dominguinhos e tantos outros artistas que foram e são as nossas bases como referências e inspirações para aceitação e orgulho de sermos nordestinos.

Aos 13 anos de idade conheci a Capoeira através do Instrutor Pinga Fogo no Grupo Kizomba na nossa cidade Tremedal-Bahia. Porém devo ressaltar que a primeira manifestação da capoeira que eu vi foi na praça da República em São Paulo no ano de 1998, na ocasião eu vi pela primeira vez um senhor já idoso, porém marcante na minha memória, hoje tenho a consciência que era um dos maiores baluartes da história da capoeira e talvez o maior da Capoeiragem Paulista. O Mestre Ananias.

Eu já amava e vivia história, já era o meus sonho, após conhecer e começar a praticar a capoeira esse sonho tornou-se realidade na minha vida. Ao longo desse tempo conheci 25 estados do Brasil, mais a nossa o federação Distrito Federal. O Pará é o único estado que ainda não conheço. Todos as outras federações eu cheguei através da minhas pesquisas, pedindo caronas de caminhão, fugindo de casa, porém sempre com um único intuído, estudar essa brasilidade, essa brasileirança, esse orgulho de viver as raízes

Comecei o meu curso de história na UFBA(Universidade Federal da Bahia), conclui na FMU no CAMPUS Itaim Bibi(São Paulo – Sp). Depois no ano de 2014 eu conheci a treinar com o Mestrando Peixe Cru na Instituição Abadá-Capoeira, na Zona Oeste, na cidade de São Paulo treinei com o mesmo até o meio do ano de 2017, ano em que foi reconhecido Mestre Pela referida instituição. Depois mudei-me para a zona Leste, e por conta da localização fiquei treinando com um dos seus alunos o Professor Marcelo Lampanche. Dois anos depois no ano de 2019, o Mestre Peixe Cru saiu da Abadá e criou a COMUNIDADE DE ESTUDOS E PESQUISAS DA CAPOEIRA, e eu continuei segundo os passos do Mestre agora no no projeto Comunidade.

CURSOS EXTRACURRICULARES

.História do futebol.
.história da mulher contemporânea nas Américas.
.História do cordel, confecção de cordeis e ritmos.
.História da Capoeira Angola e Regional.
.História da arte moderna.
.História da mulher contemporânea
.História da música brasileira
.História do cangaço
.História do Corinthians
.História do folclore nacional